gémeos e afinidades
Não adianta lançar o argumento da razão antes do tempo, mas não custa avivar as memórias: quem esperava rupturas em domínios essenciais da educação - "no fundamental, domina a preservação do socratismo, a começar pela farsa da hiperburocracia acrescentada do aumento de alunos por turma e dos achamentos curriculares" -, estava justamente indignado com o que se passava e via esperança no bater de asas das primeiras gaivotas.
Seria surpreendente se a actual maioria percebesse a transcendência vital - até por questões financeiras que passam pelas reformas antecipadas que pagaremos fortemente daqui a uma década ou nem isso - da escola pública, como também me surpreenderia se o "novo" PS rompesse de vez com a trágica herança.
Qual dos irmãos gémeos chegará primeiro à razão? Isso não sei. Talvez nunca lá cheguem e até admito esse realismo.
Prevejo que a sobrevivência da democracia passará pela coragem em assumir o inevitável. Quanto mais difíceis são os tempos, mais se impõem os atributos da mobilização e da cooperação; e a quentíssima primavera de 2014 está já aí.
(Já usei parte deste texto noutro post)