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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

de desplante em desplante - um MEC em roda livre

12.11.13, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

Sabia-se que não existiam "(...)dados socioeconómicos para as privadas(...)" (onde se incluem as cooperativas financiadas integralmente pelo Estado), mas também se sabia que "(...)A maioria esmagadora das pessoas interpreta os rankings como sendo a manifestação da qualidade de uma escola. Os dez primeiros têm uma publicidade fabulosa.(...)" e que "(...)nesse dia os jornais vendem mais…(...)". Sabia-se tudo isto e muito mais sobre os dados dos rankings. Mas o MEC, que, coitados, são uns ingénuos, disponibilizou os dados "incompletos", deixou que tudo acontecesse e agora vem um dos SE dizer o seguinte: "(...)Os rankings dos estabelecimentos de ensino devem ser analisados apenas “em contextos equivalentes”, defendeu nesta segunda-feira o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida, que recusou fazer quaisquer comparações entre os resultados obtidos pelas escolas públicas e privadas.(...)".


Leia-se a opinião do actual presidente do CNE sobre o assunto: "(...)Para David Justino, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), o Ministério da Educação e Ciência (MEC) deve proporcionar "melhor informação e mais detalhada" na divulgação dos rankings de estabelecimentos de ensino: "Tem de haver a publicação desta informação, mas o ministério tem de proporcionar melhor informação, mais detalhada, até para que se possa fazer o cruzamento de variáveis e se possam ter leituras mais complexas" dos resultados obtidos pelas escolas, disse à agência Lusa.(...)".


Qualquer que seja a opinião sobre os rankings, e perante a situação descrita, o mínimo exigível era que se fizessem rankings separados pelo tipo de dados recolhidos. São inúmeros os exemplos sobre o assunto do género do que foi apresentado pelo blogue de rerum natura.

 

"(...)Tome-se uma escola corrente de mais de 700 exames - a Infanta D. Maria, de Coimbra - e compare-se com o colégio S. João de Brito, com cerca de 250 exames. Ganha o colégio. Então, e se só escolhermos os melhores 250 da escola de Coimbra? É que o S. João de Brito matricula quem entende matricular, e a Infanta D. Maria matricula quem se apresenta à porta e vai cabendo…(...)"