o irrevogável não tem emenda
Depois de mais de uma década de trapalhadas que ajudaram a descredibilizar ainda mais o Governo do país, o vice-primeiro-ministro, que ainda em Junho de 2013 ajudou a que a imagem de Portugal descesse mais um grau abaixo de zero, vem desta vez anunciar o fim da recessão técnica (querem ver que ainda vai reivindicar louros?) e advogar uma colagem à Irlanda em detrimento da Grécia.
Só temos que nos envergonhar. Já somos conhecidos por termos uma das classes políticas mais corruptas da Europa e agora temos de aturar esta terraplenagem da história (até da recente, da que provocou a crise financeira de 2008).
Esta ideia de proclamar a preferência por um programa cautelar à Irlandesa em desfavor de um segundo resgate à grega é uma manipulação que apenas indica quem tem melhores relações com o pessoal dos casinos financeiros que domina os paraísos fiscais dos EUA, da Grã-Bretanha e da Holanda. Os "irrevogáveis" jogam uma única peça no tabuleiro: a protecção das dívidas aos credores privados que se alimentam dos orçamentos dos Estados e que transferem, como nunca na história, recursos das classes média e baixa para a alta.