Mas que grande lição (espera-se)!
Acompanhei a notícia no início com alguma perplexidade misturada com um abanar da cabeça na horizontal, mas perdi-lhe o rasto. Os europeus do centro e de alguma periferia, com estas seis décadas de paz e democracia, convenceram-se que as mudanças nos valores exigem tão pouco tempo. Só se conhece um caminho para paz e para a prosperidade: democracias com aumento paulatino das classes médias. Hoje reencontrei o assunto e não me surpreendi com a notícia do Público. Portugal, enquanto não começa a revolução, entretém-se com a "narrativa" do desaparecimento de uma criança inglesa ou com o sei lá o quê de um ex-ministro da cultura e de os últimos chefes de Governo. É tudo da mesma família do que vai ler a seguir e ficava a tarde toda a elencar contributos lusitanos para o adiar do ponto final no desassossego.