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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

até estes?

21.10.13

 

 

 

(Declaro, desde já, que este post foi muito bem pesado.)

 

 

"Os professores estão a ser exterminados", afirmou, no último eixo do mal, Clara Ferreira Alves. Pedro Marques Lopes anuiu e até reforçou. A primeira acrescentou qualquer coisa do género: "Mas esta gente não entende que os professores lidam com o futuro e não podem suportar este estado de desesperança permanente".

 

Transcrevo estas afirmações porque são elucidativas em dois aspectos: o adjectivo usado, exterminados, é fortíssimo e os dois habitantes do eixo do mal eram insuportáveis Lurditas D´oiro e desconheciam que a desesperança, a tortuosidade, as feridas profundas na dignidade e na desconfiança entre pares já têm uma escola com anos a fio que agora atingiu um qualquer auge; mas há um lado de esperança para os professores: se até estes foram iluminados, então o caminho pode mudar de rumo.

 

Demorei a usar adjectivos tão fortes como "exterminados", mas devo ter utilizado algo semelhante. Os meus amigos mais socialistas sempre me alertaram para o peso das palavras e para o facto de haver quem sofresse mais. Sabia que sim, naturalmente, até no âmbito material. Só que o extermínio tem requintes que só os exterminados reconhecem.

 

Vou, como professor e como cidadão, tendo a minha conta no processo. Mas as minhas circunstâncias suavizam os efeitos se comparadas com as de milhares de colegas meus.

 

Aconselho a audição desta comovente fita dedicada aos professores e aos requisitos.

 

 

Os requisitos




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