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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Não há alternativas?

12.10.13, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

 

"Não há alternativas", é o discurso naturalmente vigente nos ultraliberais, mas também nos sociais-democratas e socialistas que, acima de tudo, aspirem aos salões do poder e aos elevadores da oligarquia em detrimento do exercício político que os aproxime do que dizem professar. Só a conta-gotas é que alguns deserdados das ideologias descritas se vêem afastados das benesses ilimitadas e atirados para o lado mais fraco da luta de classes. Só quando chegam aí, e ainda são poucos, é que acordam.

 

Joseph Stiglitz tem sido, ao que consigo observar, coerente e não se cansa de denunciar o aumento do flagelo das desigualdades e de apontar alternativas. É só ler com atenção uma das páginas do seu último livro e pensar na Holanda como escandaloso paraíso fiscal dentro da zonaeuro. E é escusado advogar que se terminarmos com isso os capitais emigram, porque quem criou o sistema foram os norte-americanos e europeus que dominaram o mundo e exploraram as restantes populações do planeta. São estes que não querem terminar com o retrocesso civilizacional. Quem não se convencer com a imagem seguinte, faça a leitura integral. E já agora, procure também por crédito de neutrões para perceber como é que 5% recuperaram todas as perdas da bolha imobiliária e como é que a riqueza da classe média desceu 40%. É que sem classe média que se veja as democracias esfumam-se.

 

 

 


Joseph E. Stiglitz, Joseph (2013:11). "O preço da desigualdade". Bertrand Editora. Lisboa.





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