uma manhã muito bem passada
Apesar das muletas e dos cuidados com a contratura muscular (diagnóstico quase definitivo), não faltei ontem ao convite para falar do processo de ensino em Educação Física que denominei como "modelo tridimensional". Foi uma manhã muito bem passada, acompanhado pela atenção dos meus colegas e do director do CFAE-Oeste. O convite mais agradável é sempre o que é feito por pares.
Já lá vão cerca de oito anos que fiz a última intervenção do género para professores de Educação Física. A designação que escolhi até pode ser algo enigmática, mas a intenção foi abordar o processo de ensino, até ao detalhe do controle informacional de cada aula nas diversas metodologias, englobado numa geometria que inclui duas variáveis indissociáveis: a escola como organização e os sistemas de informação. A ideia de geometria variável é simples: a abordagem das variáveis não sai do triângulo e sem essa dimensão abrangente qualquer dos vértices entra em crise, em entropia ou torna-se quase inútil.
Apresento alguns dos slides que ilustram um breve resumo.
Fiz uma abordagem às três dimensões (mais aprofundada, naturalmente, no processo de ensino), cumprindo a ideia inicial: focar cada uma delas sempre em ligação com as outras duas (umas vezes mais com uma, outras vezes mais com outra).
Escolhi as três ideias seguintes para terminar a primeira análise teórica do processo de ensino.
Detalhei três metodologias do processo de ensino em EDF: por blocos, por etapas e misto. Apresentei, de forma sucinta, um sub-programa que comecei a construir em 1993 e que explica as opções didácticas a partir dos programas em vigor. Salientei, no slide seguinte, um parágrafo deste subprograma que me parece lapidar.
Terminei com uma citação de George Steiner.
Apresentei, com se vê na imagem seguinte e de forma sucinta, uma base de dados (FileMaker) que comecei a construir em 1995 e que permite controlar o processo de ensino, também em tempo real, através daquilo que vulgarmente se designa por plano de aula.