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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

pero que las hay, las hay

05.09.13

 

 

 

 

Ontem, pelas 13h30, fui esvaziar o cacifo à escola dos últimos vinte anos. Pedi a uma das assistentes operacionais para me abrir a porta do gabinete e foi inevitável: o professor vai-se embora?

 

Atenuei, mas a emoção tomou conta de nós e rapidamente contaminou as pessoas que estavam na escola.

 

A história é simples. A EBI de Santo Onofre, (que de 47 já vai em 24 turmas e é atingida pelo flagelo do público-privado nas Caldas da Rainha) deixou de ser escola sede com o advento dos mega-agrupamentos. Já em Julho tinha ido a uma reunião do meu mega-departamento e fui eleito coordenador. Esta semana fiquei a saber que a queda de turmas associada a outras variáveis de gestão faz com que a minha componente lectiva seja toda na escola sede. Ou seja, sem qualquer tipo de concurso não leccionarei na EBI de Santo Onofre no próximo ano lectivo. O trajecto da escola para casa foi percorrido com os olhos húmidos. Sei que o rol de insanidades que devastam os professores portugueses transforma este meu problema num caso menor. Sei que sim. Mas doeu mesmo.

 

Convidaram-me para fazer uma conferência, no Sábado, para professores de Educação Física integrada numas jornadas pedagógicas que começaram hoje e que incluem uma formação em Basquetebol. Não resisti. Esta tarde viajei no tempo e joguei o desporto da minha vida. Num dos exercícios, senti uma dor inédita, e fortíssima, no gémeo da perna esquerda. Pareceu-me um pontapé da colega que estava a meu lado ou que alguma pedra tinha caído do tecto do pavilhão. Mas não. Uma rotura ou contratura muscular obriga-me a dias de gelo, a umas três semanas de muletas e à natural incomodidade.

 

"No creo en brujas, pero que las hay, las hay".



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