da queda do governo
Paulo Portas pode recolher os elogios que se conhecem, mas representa o pior que tem o atavismo da direita portuguesa e enrola-se num tacticismo que se evidenciou quando se coligou com outro tacticista de uma direita supostamente menos atávica: Marcelo Rebelo de Sousa. Foi um período trágico e risível.
Pensei que esse tempo não voltaria e que quem forma governos tivesse aprendido a lição. Mas não. Com o país no estado em que estava em 2011, a irresponsabilidade fez escola e deu no que deu. Os encostados ao Estado no sistema escolar sofrem mais uma derrota. Os professores têm muita força, a força da razão e da democracia, e o país deve agradecer-lhes, mais uma vez, a lição de cidadania.