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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

faço greve a 19 de janeiro

18.01.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

 

Faço greve a 19 de Janeiro de 2009: a argumentação começa a tocar a redundância e a adquirir contornos quase patológicos.

 

Por mais que o governo decida criar cortinas de fumo diversas, os motivos que me levam a aderir a esta greve continuam inalterados.

 

Há 3 questões que têm de ser mudadas:

 

a injusta divisão da carreira em professores titulares e não titulares que foi ditada exclusivamente por motivos financeiros que são, hoje, mais do que questionados e que provocaram um afunilamento tal na progressão que em muitos casos paralisa-a definitivamente;

 

a ideia de que os professores seriam o principal motor no combate à taxa indecente de abandono escolar, avaliando-os por isso (nesta fase com uma interrupção de cinco meses), e desresponsabilizando o resto da sociedade do combate a esse flagelo nacional - esta desastrosa decisão está a degradar a escola pública (tudo cabe na escola e o ensino começa a perder-se como opção primeira e crucial) e foi alicerçada na intenção de iniciar o processo com um ataque sem precedentes à imagem pública dos professores -:

 

o modelo de avaliação do desempenho dos professores, que veio consubstanciar as duas políticas referidas anteriormente e que foi concebido com base num conjunto de invenções burocráticas que desnorteiam o centralizador ministério da Educação, que deve ser suspenso de modo a dar lugar a um outro que se centre na prevalência do ensino como desígnio primeiro de uma escola pública de qualidade para todos.

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