do debate de ontem à noite
Foto de António Curado
recolhida no facebook.
Este post é de 30 de Maio de 2013.
Está de parabéns a comissão de representantes do "Movimento em Defesa da Escola Pública no Oeste".
Se dúvidas havia, ficou claro que a não construção da escola pública, em 2005 e na zona da cidade das Caldas da Rainha onde se edificou um colégio da cooperativa GPS, se deveu a um problema de terrenos, para além de uma intenção ideológica no sentido da privatização do sistema escolar.
Também se confirmou que a sobrelotação da rede escolar se circunscrevia ao segundo ciclo e que a opção por uma escola com terceiro ciclo fundamentava-se no facto da "tipologia de escolas" ter abandonado o "modelo ciclo preparatório". A decisão política contrariou os estudos, a sensatez e a boa gestão do território e da coisa pública e permitiu a edificação de uma escola cooperativa, também com ensino secundário, pasme-se, que provocou um efeito sistémico que sublotou as escolas públicas, "duplicou" a despesa e originou as conhecidas injustiças nos profissionais de Educação do concelho.
Com os cortes curriculares em curso e com o número de turmas existentes, são suficientes as escolas edificadas anteriormente a 2005 para a frequência de todos os alunos do concelho. Se os cortes a eito (aumento de alunos por turma e de horários de professores, revisão curricular e mega-agrupamentos) criaram a injustiça dos horários zero nos professores portugueses, a situação descrita duplica a fatalidade para os professores que leccionam nas Caldas da Rainha.
Foi esta a conclusão do debate em que, com muito gosto, aceitei participar num agradável convite feito por pares e com excelente moderação de José Fontes. O auditório esteve lotado, a sessão prolongou-se para lá da uma da manhã e terminou com uma importante intervenção política de Santana Castilho.