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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

da exposição dos professores

18.05.13

 

 

 

 

Há profissões mais expostas ao juízo imediato do público e a de professor ocupa o lugar cimeiro. Em regra e em cada hora escolar (ia escrever os minutos mas no nosso sistema isso é do domínio da física quântica), duas dezenas de crianças ou jovens são severos juízes da profissionalidade dos professores.

 

Agora imaginem se o público anda há anos a fio a ouvir diariamente que os professores trabalham pouco, que não querem ser avaliados e que nunca o foram em trinta anos de democracia, que recebem euros a mais para o que trabalham, que vão fazer greve injustamente, que se manifestam a torto e a direito, que são colocados a centenas de quilómetros de casa e que vivem quase na miséria, que milhares vão para o desemprego qualquer que seja a idade e podia ficar a noite toda a elencar a tragédia. Podemos até imaginar os comentários da maioria dos encarregados de educação quando passam essas notícias.

 

Imagine que os médicos, por exemplo, passavam por algo semelhante. Qual seria a relação de confiança que se estabeleceria entre os doentes e os profissionais de saúde? O mais grave é que o público dos professores é jovem e apenas a enorme capacidade destes profissionais vai permitindo que o sistema continue a respirar. É evidente que se reconhece que os alunos desprezam muita dessa informação. Os professores, e os funcionários públicos em geral, mereciam outra consideração.

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