Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

a administração pública como multinacional

09.05.13, Paulo Prudêncio

 

 

 

Uma multinacional financia-se nos mercados desregulados, procura paraísos fiscais e obedece aos desejos lucrativos dos accionistas. Para isso, tem uma desequilibrada relação entre receitas e despesas que tem que ser favorável à primeira coluna da folha de cálculo. Se os lucros baixam, o financiamento nos casinos exige juros mais elevados e a solução é cortar nas despesas ou aumentar a produção. Em regra, cortar a eito nas pessoas é o que está mais à mão.


Se substituir multinacional por administração pública terá um retrato do que se está a passar em Portugal.


E quando falámos de cortes a eito nas pessoas, podíamos acrescentar que é ainda mais grave na administração pública porque há muito que não produz alfinetes como se leu no exemplo de Adam Smith. São inúmeros os exemplos de multinacionais que entraram em espiral recessiva com os cortes a eito nas pessoas. Nas administrações públicas é ainda pior pois alastra-se à economia.


A sério que fiz este post antes de ler Ângelo Correia a comparar um Governo com um banco e a desdenhar da consistência política do seu aluno Passos Coelho.

14 comentários

Comentar post