dos cortes curriculares
Ao contrário das humanidades que foram perdendo espaço curricular, as Artes tornaram-se uma presença nas nossas escolas nas últimas décadas. Teria sido melhor a aposta em ambas. A actualidade quase que eliminou as segundas, sem que com isso se recuperasse o lugar inalienável das primeiras.
Os resultados do ensino das Artes podem ser confirmados na sociedade que temos. É até impressionante a qualidade de algumas das actividades decorrentes da generalização desses saberes.
Não consigo identificar com rigor o caminho que escolhemos.
Falou-se muito de escola cultural, completa ou total e também de ensino integral. Sei que quem acompanhou a vida das escolas nestas décadas, tropeçou amiúde com crianças e jovens despertos para a cultura e sujeitos de um processo que se exprimia, e ainda exprime como se de um último fôlego se tratasse, em imagens como a que escolhi de uma escola portuguesa no ano em curso.
É também isso que se vai perdendo com os comprovados equívocos dos desejosos do Estado mínimo. É que basta olhar para o mundo para perceber as vantagens industriais de quem faz da cultura a transversalidade primeira das opções políticas e, como é evidente, educacionais.