o euro em queda
O prós e contras de ontem foi favorável aos defensores da saída do euro que apresentaram um argumentário sensato e despido de sensacionalismos ou de temores infundados. Reconheceram os riscos da decisão, mas fundamentaram com precisão as vantagens em relação à continuidade na moeda única debaixo do poder vigente. Percebe-se que alguma coisa terá de mudar na Europa. Se dentro de um ano não existirem alterações políticas significativas, países como Portugal devem organizar a saída do euro o que não significa o abandono da União Europeia.
Dá ideia que o discurso que vai prevalecendo está recheado de fantasmas que atemorizam as pessoas. Seja a globalização, a austeridade ou a inevitabilidade da superioridade alemã e até o próprio euro ou a ideia de que há europeus de diversas categorias na vocação profissional são usados para defender uma espécie de universo fechado e sem saída.
Os resultados começam a ser desfavoráveis à moeda única, apesar da crise de 2008 ou da habilidade dos norte-americanos que parece ter feito escola no Centro e Norte da Europa.
Há, para já, uma avanço considerável: as pessoas estão a perder o medo de ter medo.