sem tergiversar
Há algum tempo que se adivinhava o inaceitável silêncio das pessoas de direita perante factos políticos tão ou mais graves do que nos tempos de Sócrates. Não se esperava era tanto: a negação do 2 Março, por exemplo.
Mas é bom não termos memória curta para que de surpresa em surpresa o abismo não seja o lugar definitivo. Há muitos, que agora se manifestam, que tentam passar pelos pingos da chuva e os professores sabem bem disso.
Quando, no verão de 2012, os cortes a eito no sistema escolar provocaram o despedimento colectivo de mais de 10000 professores e milhares de horários zero, veio à tona, e muito bem, o escândalo das PPP´s do sistema escolar. Em alguns concelhos começa a subir de tom a perplexidade com os desenvolvimentos da rede escolar. É natural e sabemos que isso vai aquecer.
É, no entanto, importante frisar que a rede escolar está nesse estado há anos a fio e com responsabilidades para gostos diversos.
De 2005 a 2011, por exemplo, quem Governou o sistema escolar comandou a festa e nos referidos concelhos imperou o silêncio partidário. Está na hora de dizerem publicamente ao que vêm e de não empurrarem para os do costume a responsabilidade exclusiva pela solução destes graves problemas. Que o façam. Sem tergiversar, sem jogos de sombras e que assumam de vez os elogios aos projectos com ensino equestre.