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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

ainda a propósito

07.02.13, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

 

"A acção dos movimentos independentes é inconsequente e os protagonistas querem os seus cinco minutos de fama", disse Manuela Maria Carrilho (MMC) nesta conferência.

 

Bem sei que MMC tinha acabado de ilustrar a "ausência" da administração de Obama no duelo entre a política já civilizada e o financeiro por civilizar. Mais do que um cepticismo estruturado, MMC situou o debate na esfera da democracia representativa versus democracia directa (escolheu a primeira), embora mais à frente tenha desacreditado a representação do povo pelos políticos e pelos partidos (por impossibilidade de encenar o futuro) e o voluntarismo cívico (considerou-o um logro).

 

Como o desafio de MMC passa por pensar (pensa-se pouco), podemos fazê-lo e ler contradições nos termos apresentados.

 

Qual será a resposta dos cidadãos à tal crise de representatividade? Se o voluntarismo cívico é um logro e se a defesa que interessa é a da representação, aonde é que se jogam os argumentos para sairmos donde estamos? Como é que se desmunicia o voto estruturado na existente democracia representativa?

 

Podemos ficar horas a pensar, a enunciar o contraditório e a situar a discussão no plano das ideias. Será injusto dizer que MMC vive na estratosfera e que não sente na pele os verdadeiros efeitos da crise. Será. Mas também considero injusto arrumar desse modo os movimentos de cidadãos e a coragem de muitos dos protagonistas (sim, coragem; é bom  nomear as acções).