da exaustão escolar
A primeira década do milénio foi arrasadora para a cultura organizacional das escolas. A partir de 2005 o fenómeno tornou-se alucinante. Algumas escolas resistiram, ou tentaram, à avalanche. As mais destemidas foram objecto do pior que tem a nossa sociedade e já são muito poucos os que não se convenceram que os desmandos e os abusos de poder dão sempre maus resultados.
Escolas exaustas é uma expressão usada por Joaquim Azevedo (2011:119) em "Liberdade e Política Pública de Educação" e em que diz o seguinte:"(...)Mais uma coisa se impõe registar ao fim de quarenta anos de mudanças contínuas e de uma instabilidade permanente, as escolas estão exaustas. A sua inteligência organizacional, que constitui, para cada escola, em cada contexto social concreto, o seu mais precioso capital, é desbaratada sob o efeito de três importantes factores, entre outros:(...)as equipas ministeriais mudam frequentemente as normas, os órgãos, os "programas especiais(...); em consequência deste efeito as escolas não têm tempo para parar, tempo para as tais práticas profissionais e reflexivas (sobre cuja importância falam tantos autores!)(...) tempo para o desenvolvimento de uma cultura profissional e para a celebração de um "espírito de corpo".(...)".