dados a milagres
Hoje comprei o Expresso para ler a edição dedicada à Educação em que o Paulo Guinote foi editor convidado e que inclui este seu certeiro texto sobre a epifania da refundação do Estado. Haja quem continue a não deixar o espaço informativo entregue à gulosice, mesmo que conventual e mais ou menos ortodoxa.
Também li a crónica de Maria Filomena Mónica que deixou de ser a favor da liberdade de escolha da escola em Portugal (como se isso não estivesse "instituído" há décadas) porque se sentiu mais esclarecida depois das célebres reportagens da TVI sobre as cooperativas de ensino. Veja-se lá o que um singelo movimento pode fazer. Dá ideia que a evangelização do "tudo está mal na escola" atingiu um pico triunfante, mas, e como sempre, a queda pode ter iniciado o seu inexorável exercício.
Um lead que me chamou à atenção e me fez sorrir, foi o de Nicolau Santos no suplemento de economia: "O Canadá apostou num Estado ágil mas forte. Por cá, reduz-se o Estado a pele e osso para sobre ele nascer uma economia dinâmica. Pode ser. O país é muito dado a milagres."