queriam depressa e bem?
Por mais que se diga, e com estudos que o comprovam mesmo, que os resultados num sistema escolar são a médio e longo prazos, os "apressados" que nos governam a partir do poder financeiro não sossegam enquanto não deitarem mão à fatia maior do orçamento da Educação através da lógica de má PPP. Conhece-se a receita-da-privatização-tout-court que inclui a escolha da escola.
O relatório de inverno do BdP remete o Governo para um plano C (fugir é sinónimo de cavar).
Tem conclusões polémicas na Educação, uma vez que o sector anda a "desengordurar" como nenhum outro desde 2006 e talvez os indicadores estudados sejam de 2009. Há uma recomendação que é antiga e que não entra nestas séries: “uma maior escolha pode aumentar a segregação, levando a uma maior concentração dos bons alunos em certas escolas”. É verdade. Em Portugal, a escolha da escola é intensa, antiga, segrega bastante e acentuou-se nos últimos anos (tenho ideia que regredimos).
Despesa na Educação continua a reflectir-se pouco nos resultados escolares
"(...)Por outro lado, concluem que “as escolas tenderão a agravar a desigualdade no desempenho nas regiões mais desenvolvidas”, o que poderá estar relacionado com "uma maior oferta de escolas". Assim, indicam, “uma maior escolha pode aumentar a segregação, levando a uma maior concentração dos bons alunos em certas escolas”.(...)"
No relatório da OCDE, Education at a Glance 2102, os estudos têm, na página 88, uma curiosidade que nos coloca pela única vez no lugar cimeiro. É fundamental ir ao relatório e ler o capítulo que tem diversos gráficos. No caso que escolhi, e que é sobre o desempenho na leitura de alunos com mães com baixa escolaridade, alunos imigrantes e alunos imigrantes que falam outra língua em casa, somos o país que revela uma menor concentração de alunos que têm mães com baixa escolaridade no quartil acima dos 75% a par de outras evidências.