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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

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da pedagogia e em busca do pensamento livre

intermitências na queda do monstro (5)

29.10.08

 

 

 

Os jornais nacionais começam a fazer notícia na primeira página. O Jornal de Notícias, na sua edição de 27 de Outubro, é um deles. O que vai ler tanto poderia ser mais um sinal do "esboroar do monstro" como de intermitências na sua queda. Escolhi a segunda rubrica pelo conteúdo da notícia.

 

Ora leia:

 

Professores tentam alinhar posições para novos protestos

Possibilidade de professores voltarem a sair à rua numa "acção concertada" não está excluída

00h30m

ALEXANDRA INÁCIO

Representantes de alguns movimentos de professores, que agendaram uma manifestação para 15 de Novembro, contactaram os sindicatos. O encontro vai realizar-se depois de amanhã, dia 29, na sede da Fenprof, em Lisboa.

O contacto surge depois de na última semana se terem multiplicado, na Internet, apelos para uma "acção concertada" entre sindicatos e movimentos. As associações, recorde-se, agendaram uma manifestação para 15 de Novembro; poucos dias depois, a Plataforma Sindical de Professores convocou um "plenário nacional" para dia 8, precisamente, uma semana antes.

"Será neste momento adequado duas manifestações em Lisboa?" As associações "não podem ser vistas como movimentos anti-sindicais mas tão-somente como movimentos a favor dos professores?", questiona uma professora num blogue.

O Movimento Unidade e Mobilização dos Professores e a Associação dos Professores e Educadores em Defesa do Ensino foram duas das associações que marcaram a manifestação. O protesto, justificaram, foi convocado devido ao "enorme cansaço e saturação" dos docentes em relação ao modelo de avaliação. Depois da imagem de união que levou à rua 100 mil professores, na Marcha da Indignação, em Março, os movimentos começaram a divergir dos sindicatos quando a Plataforma assinou com o Ministério da Educação o Memorando de Entendimento, em Abril. Os movimentos acusaram, então, os sindicatos de não aproveitarem a "força" que lhes foi conferida pela maior manifestação de uma só classe em Portugal. A Plataforma alega que o acordo serviu para "salvar" o final de ano lectivo.

O encontro de quarta-feira não tem "pontos em agenda pré-definidos". Na eventualidade de um dos lados desistir de uma data "em nome" da convergência, deverão ser os movimentos a abdicar.

"Não faz sentido o inverso", defendeu ao JN Carlos Chagas. Tal como professores mencionam nos blogues, os sindicatos sublinham o argumento de que são eles que se sentam legalmente à mesa com o ME para negociar.

"A marcação de duas datas não faz sentido", reconheceu ao JN o presidente do Fenei/Sindep, distinguindo que ao contrário dos movimentos a convocatória dos sindicatos faz parte de uma estratégia de luta. "O ideal seria que todos se juntassem numa mesma manifestação" e que as associação "dessem o seu apoio à Plataforma, uma vez que também são os sindicatos que dão a cara ao Governo". A desunião, insiste, nunca esteve em causa porque os "objectivos são os mesmos".

O ME considera que os sindicatos estão a quebrar o Memorando ao pedirem a suspensão da avaliação. Mário Nogueira alega que no documento "não está escrito que os sindicatos têm de ficar calados".

 

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