relações pouco claras, no mínimo
Vi ontem, na SICN, "o negócios da semana" em que J. Gomes Ferreira entrevistou um ex-secretário de Estado, Paulo Campos, a propósito das PPPs rodoviárias. Espero que o vídeo apareça por aí.
O entrevistador, que há muito manifestou a sua "aversão" ao sector público e nomeadamente às escolas do Estado, andou um bocado aos papéis com o "desassombro" do entrevistado. Paulo Campos foi confrontado com "um pente bem fino" à sua vida pessoal como nunca tinha visto na "nossa" televisão: ficou a "saber-se" que o ex-governante "nada tem" em offshore e por aí fora e que vai "vivendo" porque tem a ajuda dos pais. O parágrafo tem tantas aspas porque os tempos são o que se sabe e as encenações estão muito inflacionadas.
Vem tudo isto a propósito da investigação que José António Cerejo vai desenvolvendo no Público sobre as relações perigosas entre Passos Coelho e Miguel Relvas. A empresa do primeiro, a Tecnoforma (deve ser formação técnica), fazia formação em regime monopolista com a "ajuda" do segundo; e que formação. São, no mínimo, relações pouco claras.
"Relvas ajudou empresa ligada a Passos a ter monopólio de formação em aeródromos do Centro"
"O projecto aprovado em 2004, no valor de 1,2 milhões de euros, destinava-se a formar centenas de técnicos municipais para trabalharem em sete pistas de aviação, parte delas fechadas, e em dois heliportos da região Centro. No total, estas pistas tinham dez funcionários, agora têm sete."