triângulo das bermudas
Soares dos Santos, presidente do Grupo Jerónimo Martins (Pingo Doce), afirma que quem ganha 500 euros não tem vontade de trabalhar e acrescenta que é violentamente contra os salários baixos praticados nas empresas portuguesas. Nesta matéria contradiz o seu consultor António Borges que, por sua vez, também consulta as privatizações.
Há um mês, se tanto, vi uma entrevista a Soares dos Santos em que relatou algumas dificuldades na entrada do seu grupo na Colômbia porque os quadros colombianos seleccionados não se apresentavam. Indagou o fenómeno e percebeu a causa que até lhe agradou: estes sul-americanos estão habituados a que a sua vida privada seja previamente devassada para que as empresas confiem em que vão contratar.
Ainda a propósito da Colômbia, tenho registado que é daí que vem o único interessado na TAP.
Embora não seja dado a teorias da conspiração, e associando os factos que relatei, fico com a sensação que António Borges usou nos últimos dias uma espécie de rota que, e como se vê na imagem, pode ter passado pelo célebre triângulo nas viagens entre Portugal e a Colômbia e que talvez não tenha agradado ao dono do Pingo Doce.
Será apenas, e também, a célebre questão que relaciona quatro categorias: oportunidade, negócio, o-que-hoje-é-verdade-amanhã-é-mentira e tudo-é-descartável.