da violência e do medo
Liguei a televisão para ver o telejornal da RTP1 e deparei-me com a violência em Espanha.
Se a violência gera violência, fico com a sensação que o medo tanto gera medo como a ausência dele e os dois comportamentos têm um resultado comum, que se agravará na relação directa com a acumulação: violência.
E depois, há sempre o risco definido por José Alberto Quaresma, no Expresso, sobre o medo:
“O medo finge não ter medo da raiva em que o medo se pode metamorfosear. Em palavras obscenas de angústia, em bandeiras negras de cólera, em ovos que falham o alvo. Ou, esperemos que nunca, em balas como as que mataram o penúltimo rei ou o quarto presidente da República, o ditador Sidónio.
O medo pode levar a perder o medo. E o medo perdido incendeia cabeças perdidas. E as cabeças perdidas, em solitário ou em bandos radicais, metem mesmo muito medo.”