era bom
Os concursos de professores por oferta de escola são um retrocesso civilizacional. Como somos uma sociedade civil fraca, o clientelismo (que é um factor fundamental para se compreender a bancarrota) agravou-se e há motivos legislativos que o explicam. Era bom que se encarasse de vez a influência que as alterações dos últimos anos provocaram na vida das escolas.
A notícia do Público tem detalhes que importa sublinhar.
Ministério investiga irregularidades na oferta de vagas para professores
"(...)A "oferta de escola" é um concurso local, mas este ano, pela primeira vez, foram estabelecidas regras que limitaram a liberdade de escolha dos directores, que nos últimos anos têm sido acusados de definirem critérios demasiado específicos e dirigidos a determinadas pessoas da sua preferência.
“Relativamente aos critérios que possam não estar de acordo com o que a legislação prevê, a inspecção está atenta e já visitou escolas no sentido de que essa situação não se verifique”,(...)
Nos blogues de educação têm vindo a multiplicar-se, no entanto, as denúncias de directores que alegadamente continuam a condicionar o concurso, colocando entre os subcritérios factores muito específicos, como ter dado aulas naquele exacto estabelecimento de ensino, ter trabalhado numa escola TEIP e ter dado aulas a alunos de língua estrangeira. Isto terá feito, alegam os queixosos, com que candidatos com uma graduação mais alta fossem ultrapassados pelos poucos que preenchiam os restantes requisitos.(...)
Os directores têm-se queixado de que este processo torna o processo demasiado burocrático e moroso."