da repartição
O grau de redundância afere a qualidade de uma cultura organizacional. A gestão da informação, como pilar fundamental, tem de considerar a repetição como a componente crítica a eliminar. Não há nada mais nefasto para o utilizador informado do que a inutilidade das tarefas.
São vários os exemplos que ilustram o baixo nível organizacional de uma escola: o encarregado de educação que disponibiliza o nome e o número de telefone no acto de matrícula e que sempre que participa numa reunião vê passar um papel onde é solicitada a inserção desses dados; o professor de educação especial que quando produz um documento público com um apoio educativo tem de digitalizar o nome do aluno; o professor director de turma que preenche os documentos inventados pela má burocracia (planos de recuperação ou projectos curriculares de turma, por exemplo) com repetição de dados que estão lançados numa qualquer base de dados. E podia ficar aqui o dia todo a apresentar exemplos.
Um nome (de aluno, de encarregado de educação, de professor ou de funcionário) deve ser digitalizado apenas uma vez durante a sua permanência como membro da organização. Deste simples exercício de avaliação pode retirar-se um mundo de conclusões.
(Parte deste texto foi publicado numa edição em 18 de Outubro de 2010)