a denuncia de joseph stiglitz em 2009
O prémio Nobel da economia foi taxativo em 2009: estamos perante uma luta de classes derivada da corrupção ao estilo norte-americano.
A desregulação dos mercados inspirada na tese de Milton Friedman está definitivamente desmontada. A ideia de que os grandes grupos financeiros exerciam melhor a responsabilidade social do que os governos, conheceu nestes dias um abalo severo.
Já se suspeitava que os offshores acumulavam capital sem fim, mas agora sabe-se que o buraco negro é descomunal. Que ninguém se iluda: os nossos bons alunos para além da troika são gerentes destes interesses e as privatizações em curso em Portugal estão contaminadas por esse tipo de ganância.
Se nada mudar, e é difícil que mude com as democracias suspensas, assistiremos a sangrentas batalhas entre classes sociais.
Super-ricos "escondem" mais de 17 biliões de euros em paraísos fiscais
"Há um “enorme buraco negro” na economia mundial: as fortunas privadas mantidas em paraísos fiscais. Até agora não se sabia quantificar o tamanho desse “buraco”. Mas neste domingo foi divulgado um estudo que revela que a elite internacional de “super-ricos” preserva em paraísos fiscais pelo menos 21 biliões de dólares (17,3 biliões de euros).(...)"