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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

indicadores macro

26.06.12, Paulo Prudêncio

 

 

 

A agenda mediática tem estado, ao que parece, preocupada com a fuga de professores do quadro do ensino não superior nos últimos anos. Foram mais de 23000 os que se reformaram sem serem substituídos e a grande maioria com fortes, e brutalmente injustas, penalizações.

 

Tudo começou em 2006 com a eliminação, sem qualquer constestação, da maioria das reduções da componente lectiva para o exercício de cargos. Percebeu-se, desde logo, que o sistema ficaria com menos 7000 professores e Maria de Lurdes Rodrigues tornou-se uma estrela macro e com carta branca para o disparate; santa, e macro, ignorância. Como é que uma decisão tão basal terá convencido tanto especialista em alta finança? É fácil. Basta olharmos para a blindagem dos contratos PPP e percebe-se de imediato. É tudo da mesma família.

 

Seguiu-se o monstro kafkiano. Professores titulares, avaliação do desempenho desmiolada e um rol de inutilidades e de má burocracia a preencherem a componente não lectiva dos professores e a darem razão aos que equiparam os professores portugueses aos escolhidos de outras guerras.

 

A saga continua e o desconhecimento macro vai fazendo escola embevecido com indicadores que podiam ser atingidos com as pessoas mobilizadas e em regime cooperativo. Mas já se sabe: estamos virados para o Atlântico e os nossos "especialistas" em gestão acham que só podem trabalhar com os "melhores" e que os outros, que nunca são eles, acabarão por optar pelo mergulho definitivo no referido oceano.

 

Em três anos há menos 23 mil professores no quadro, mas a contrato são mais 20 mil

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