5 minutos
Quando decidi criar a etiqueta 5 minutos no arquivo dos posts no blogue, ainda hesitei. Mas quem for ler os textos e se dedicar a estudar mais esta originalidade lusitana, verificará que o problema do tempo curto é um espelho da traquitana do MEC e das suas ramificações e perceberá a minha decisão. Andamos há catorze anos a discutir se uma hora escolar tem 45 ou 50 minutos. Leu bem, não sorria. É uma espécie de TMG num meridiano marciano.
Já não chegavam os amontoados de escolas fora de horas (tipo guião para um 5 para a meia-noite), o aumento do número de alunos por turma, como panaceia lida nos acessos exclusivos do ministro, e a enésima matriz curricular, para termos agora uma balbúrdia à volta das horas escolares que estão, em nome de uma eufemística flexibilidade, a ser marteladas com uma aritmética que se resume ao objectivo não declarado de esmifrar o número de professores.
Mais tarde, lá para Novembro, até vai ser engraçado ver os mapas da Inspecção-Geral da Educação onde se lançarão, e explicarão, as diversas decisões flexíveis. Desculpem a repetição, mas é sempre nestes momentos que não me escapa o óbvio: não podíamos escapar à bancarrota.