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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

estruturacurricular.xls

28.05.12

 

 

 

 

O ímpeto reformista da aposta nas disciplinas essenciais, da qual discordo e nem sei bem em que é que se baseiam os seus defensores mais acérrimos, é o principal derrotado na nova estrutura curricular. É evidente que as disciplinas do domínio das artes e das tecnologias já tinham sido penalizadas na proposta de Março, com o objectivo, agora ainda mais claro, que sobrepõe a redução de pessoas como meta essencial; essa sim.

 

Nem sei como é que o mainstream vai reagir depois dos aplausos efusivos na altura da proposição. O que talvez não esperassem os menos atentos, é que a folha de cálculo indicasse a aposta nas essenciais como aumento de despesa (basta pensar um bocado e não me apetece detalhar tanto desmiolo). Até lhes parecia linear que se tirassem de um lado podiam aumentar no outro, esquecendo-se que há pessoas pelo meio que até prestaram provas públicas para assinarem contratos com o Estado. Dá ideia que ainda há uma qualquer exigência de respeito pelas leis.

 

Se o tempo democrático tem na constituição a sua componente de longa duração, nas legislaturas a média existência e na opinião pública a curta sobrevivência, na democracia portuguesa parece que está tudo suspenso e que só prevalece a tese do bom aluno para além da troika. Até quando é a interrogação que se deve colocar.