de mil para dois mil?
A gestão do sistema escolar está sem norte e perdida entre as determinações da troika, o caos administrativo e financeiro do pais e a prevalência dos que defendem a lógica "cooperativa de ensino" para a gestão financeira, de dados e de pessoas (chamam a tudo recursos; os dependentes da má burocracia fazem pagar-se a peso de ouro e quando a coisa se generalizar na forma de centenas de mega-agrupamentos, organizados no quinquagésimo quadro de divisão do rectângulo e habitados por professores precários, a despesa humana será incontrolável e o abandono escolar ainda mais vergonhoso).
Há uma série de ideias feitas construída por quem detesta salas de aula ou não sabe o que fazer com as suas crianças (privatiza-as a tempo inteiro e de farda para que a ideia de igualdade não seja vã), quanto mais com as dos outros.
A civilizada e rica Itália volta a ser um bom caso de estudo com o tema do dia: milhares de crianças às portas da pobreza.
Nem sei se ainda temos oposição. A que aspira a ser Governo, e será se o contágio grego não se der em várias frentes, está sem voz na gestão escolar. Devem estar tão mergulhados no tal laboratório de ideias, que se voltarem ao Governo a avaliação de professores dará um passo em frente: passará dos mil descritores para os dois mil.