a importância do raciocínio por indução
Ainda hoje conversava com um amigo sobre a importância do raciocínio por indução. Quanto mais atentos estivermos ao que nos rodeia, melhor compreendemos o mundo. As escalas podem aumentar, mas os humanos têm limites. A propósito, encontrei o seguinte o texto "Qu'est-ce que la philosophie?" assinado por G. Deleuze e F. Guattari:
"Os direitos do homem não nos farão abençoar o capitalismo. E de muita inocência, ou astúcia, precisa uma filosofia da comunicação que pretenda restaurar a sociedade dos amigos, ou mesmo dos sábios, formando uma opinião universal como consensus capaz de moralizar as nações, os Estados e o mercado. Os direitos do homem nada dizem acerca dos modos de existência imanentes ao homem provido de direitos. E a vergonha de ser um homem não a experimentamos apenas nas situações descritas por Primo Levi, mas em condições insignificantes, face à baixeza e à vulgaridade de existência que assombram as democracias, diante da propagação destes modos de existência e de pensamento-para-o-mercado, diante dos valores, dos ideais e das opiniões da nossa época, e, pelo contrário, não cessamos de estabelecer e com ela vergonhosos compromissos. Este sentimento de vergonha é um dos mais poderosos motivos da filosofia. Não somos responsáveis pelas vítimas, mas perante as vítimas. E nenhum meio resta senão fazer de animal (grunhir, escavar, escarnecer, entrar em convulsões) para escapar ao ignóbil: o próprio pensamento está por vezes mais próximo de um animal que morre do que um homem que vive, ainda que seja em democracia."