sua excelência, supervisionando
Sua excelência, o supervisor, não é uma genuinidade lusitana. Tem semelhantes suficientes no universo conhecido para se atribuir ao clima a responsabilidade atmosférica por tão desgraçada condição.
A tragédia é da responsabilidade das coisas e pessoas supervisionadas. Os mais realistas encontram nesta ambiência a explicação para a eterna dívida financeira da nação, até porque os supervisionados do rectângulo são elogiados quando conduzidos de fora da geometria.
O supervisor nasceu para distribuir. É exímio na atribuição de responsabilidades. Escolhe o efeito de mártir quando vê perigar a sua condição ou se precisa de agraciar e escudar quem o designou. Faz vida nessa incomodidade.
Sua excelência, que gravita à custa de esforço que não o seu, é usado para socorrer casos exigentes. Parte sorridente, por fora, e deixa um rasto de destruição na sua pegada deficitária.
(Usei este texto noutro post em 11 de Maio de 2010)