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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

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transparência e histórico de dados - a actualidade para além da troika

12.04.12

 

 

 

 

 

 

Pará além das questões do ensino, o tratamento da informação, vulgo burocracia, é o indicador mais decisivo para se conhecer a saúde de uma organização escolar (OE) num sistema escolar "industrial" e que esteja muito "longe dos sistemas" com escolas bem dimensionadas, com taxas residuais de insucesso escolar e que confiam nos professores.

 

Com a generalização das denominadas tecnologias da informação e da comunicação associadas aos sistemas de informação, essas OE evoluíram para patamares em que se esperava que a digitalização dos dados contribuísse para a qualidade das decisões e libertasse tempo para o essencial.

 

A construção de bases de dados nas redes internas e externas tem pressupostos que permitem uma detecção de qualidade e de caminhos a percorrer. O tempo real (na obtenção e fornecimento de informação) e a eliminação da repetição no lançamento de dados são características cruciais.

 

A integração das diversas componentes organizacionais é decisiva e nem carece de conhecimentos de mecânica quântica para se entender o óbvio: a digitalização do nome, por exemplo, de um membro da organização, só deve acontecer uma vez em todo o universo; seja de um aluno, de um professor ou de um encarregado de educação. E a partir daqui, é só dar asas à imaginação e pensar no número elevadíssimo de dados que são debitados diariamente.

 

Uma outra variável fundamental prende-se com o histórico de dados. A qualquer momento e em qualquer terminal da rede, um utilizador deve aceder à informação necessária para a elaboração de uma decisão. Este exercício inalienável de construção da memória deve relacionar-se com o tempo real e com os privilégios de acesso dos diversos utilizadores. Para além da informação relacionada com os nucleares históricos de alunos, devemos considerar todo o universo. São inúmeras as valências para fazer um elenco neste registo. Mas há um ou outro exemplo que ajuda a raciocinar sobre outro indicador de qualidade: a transparência.

 

Dados da gestão financeira e dos diversos horários escolares (professores, turmas, salas e por aí fora) são determinantes. Os seus históricos permitem estudos prospectivos e mesmo isso não é suficiente. É fundamental que o tempo real garanta, com os respectivos privilégios de acesso, que a transparência seja uma metabolismo organizacional diário e, por isso, gerador de confiança, de cooperação e de mobilização. É também disto que falo quando refiro o poder democrático da escola.

 

Em Portugal estamos na idade do-papel-químico-por-via-electrónica, com responsabilidades centrais e locais, sem mecanismos de fiscalização e, portanto, com a democracia suspensa.

 

A despesa gerada era incomportável, como se comprovou. Ficámos sem tempo e, também aqui, não nos podemos escudar em quem veio de fora. Seria, em nome do futuro, o que verdadeiramente interessava que estivesse para além da troika.

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