50% de espanto
A ex-ministra da Educação, Maria de L. Rodrigues, justifica hoje, na edição impressa do Público, a empreitada da parque-escolar-sa. A coisa já cansa um bocado e a redundância como característica da comunicação social deveria servir para aprendermos. Mas não é bem assim: está tudo mal, mas a empresa continua apenas com uma troca de cadeiras.
Os 50% de espanto devem-se aos argumentos da ex-ministra. Há tempos escrevi assim: "(...)A epifania parque escolar.sa tem detalhes risíveis. Quer competir no mercado de arrendamento num país inundado de pavilhões desportivos subutilizadíssimos, com uma boa rede de bilbliotecas e com a área comercial de casamentos e baptizados com excesso de oferta. Ensadecer faz parte da condição humana, mas esta gente exagerou. Alguém há-de pagar, deve ser o único argumento que têm para apresentar.(...)"
E não é que li exactamente o seguinte: "(...)O programa da Parque escolar é caro e exigente, mas ao custo final devem ser deduzidas as economias geradas pelo encerramento de escolas desnecessárias. Como deve ser considerado o facto de, após a intervenção da Parque Escolar, as escolas reforçarem a sua capacidade de angariação de receitas próprias através do aluguer de salas e equipamentos desportivos, de auditórios e espaços de refeição, podendo uma parte dessas receitas contribuir para pagar rendas e outros encargos.(...)"
Para além do eleitoralismo, da colagem à agenda neoliberal-na-versão-blairista e do populismo de esquerda adepto fervoroso da má burocracia, também temos uma versão de oportunidade de negócio do género mau-stand-de-automóveis-ou-ano-e-mês-nas-chapas-de-matrícula-ou-ship-para-as-mesmas-vendido-por-uma-empresa-de-um-amigo-do-partido.