da repetição
A agenda mediática encheu-se, novamente, da parque escolar. "Cada escola reabilitada pela parque escolar custou cinco vezes mais que o previsto."
Frases como a que acabei de escrever certificam o desvario financeiro. A repetição tem estes picos em que se suspeita que a comprovação numérica de mais um plano inclinado é apenas o ritual que descansa as consciências e legaliza os mentores.
Pode consultar aqui os posts sobre o assunto. Em 17 de Novembro de 2011, por exemplo, escrevi assim:
"Escrever sobre a euros-epifania-parque-escolar é doloroso. A rede escolar, e o seu edificado, está tão babilónica como a divisão administrativa do país.
Os bloggers foram incompreendidos nas críticas avisadas que produziram. É bom ter alguma memória.
Este texto, que também publiquei na imprensa, quase que exigiu uns seguranças e desculpem a exorbitância. O parágrafo "(...)Quando eclodiu a crise financeira, o PS foi apanhado de forma flagrante do lado predador. (...)Passou-se para um suposto lado contrário da agenda gananciosa com mais uma epifania pato-bravista e de reanimação económica de imobiliários aflitos: a parque escolar. (...)" confirma a sua pertinência; e tanto que se pode escrever sobre o assunto.
A exemplo das PPP´s, tornava-se evidente que a fuga para a frente em plena hecatombe financeira pagar-se-ia com juros incomportáveis, para além da falta de mais elementar solidariedade geracional.
Por outro lado, e numa fase em que na gestão das organizações se fazem esforços no sentido do downsizing de modo a desengordurar os modelos e a garantir a participação das bases nos momentos de decisão e de inovação, a diminuição das escalas é consensual para humanizar as escolas e a rede escolar. Não surpreende que Nuno Crato arrase a parque escolar em pleno parlamento."