a herança
A herança é o título da crónica de ontem de Vasco Pulido Valente no Público. Conhece-se a sua posição ideológica, de direita e conservador, e o seu registo pessimista sobre o país. É insuspeito de escritos esquerdistas radicais ou optimistas em relação ao futuro.
Há tempos escrevi este post, União Nacional, que começou assim: "Peso bem o que escrevo e recebi alguns emails a propósito deste post onde escrevi que "(...)mesmo entre nós, e no caso do sistema escolar, o arco-governativo não descansou enquanto não eliminou o poder democrático das escolas substituindo-o por uma amálgama com o pior do PREC e da ditadura de Salazar.(...)". Dizem-me que posso estar a exagerar na preocupação com o regresso a um passado que parecia arredado da possibilidade histórica e do futuro.(...)"
Repare-se como termina Vasco Pulido Valente a referida crónica: "(...)Com alguns brevíssimos sobressaltos pelo meio, a herança que a ditadura legou foi uma herança de conformismo e obediência, que permanece viva, e frequentemente dominante, no Portugal de hoje, com a sua complacência e a sua democracia. Verdade que o PREC não se recomenda. Mas não durou muito e a velha ordem depressa voltou com a sua dignidade postiça e as mediocridades do costume. A troika escusa de se preocupar. Cá na terra nós fazemos sempre, ou quase sempre, o que nos mandam. E não gostamos nada de aventuras."