experiência e sapiência
Quando, em 1998, se instituiu que a candidatura à gestão das escolas exigisse a prova de experiência (com mandatos realizados) ou de sapiência (formação especializada) fui indagar a coisa junto dos mentores.
A desculpa (sim, a desculpa, pesei bem a coisa) era mais ou menos esta: "os técnicos do ME viam-se às aranhas com os gestores neófitos que interrogavam amiúde o status quo; não podia ser: havia que os formatar convenientemente".
Depois de treze escolas, da presença numa coordenação de mais de quarenta, do exercício de quase todos os cargos que se pode exercer numa escola e de cerca de trinta anos de ensino, só encontrei lideranças em quem sabe de sala de aula e se afirmou como uma referência de profissionalidade, de honestidade e de respeito pelas pessoas. Os membros das organizacões, os que lidam diariamente com os seus profissionais, sabem reconhecer essas qualidades. O resto é má burocracia e outras coisas mais. Alterar este estado de desorientação é o primeiro passo para mudar o que verdadeiramente conta.