flagelos
Os portugueses têm a percepção que vivem numa sociedade corrupta. O título da notícia diz que a mediatização do flagelo despertou as consciências. Não há corrupção nesta escala sem ambiente propício e a nossa sociedade ofereceu os alicerses: "cunha", pequeno desvio e pequena corrupção.
Era vigente, e talvez ainda seja, que quem não fosse expedito na chico-espertice recebesse a classificação de ingénuo ou demasiado honesto. Houve, e ainda há, uma maioria silenciosa que viveu, e ainda vive, desses expedientes e que se movimentou, e ainda se movimenta, ao sabor da maré e dos poderes de ocasião. Temos uma "escola" de oportunistas que se convencem que ninguém-os-vê e que se acolhem na cumplicidade dos semelhantes. É todo um caldo que nos empurrou para onde estamos, nas instituições e no país.