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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

escolha da escola

11.11.11, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

O DN, na última página da edição impressa de hoje, publica uma entrevista do professor sueco Mats Björnsson que participou nesta conferência na Fundação Calouste Gulbenkian. O jornalista destacou a frase "(...)o risco de segregação social num sistema com maior liberdade de escolha (entre escolas públicas e privadas) é óbvio(...)". Há muito que se sabe que é assim e Portugal não foge a essa condição. Mas como não somos capazes de criar o nosso modelo nem de valorizar a nosso conhecimento, passamos a vida a adoptar receitas ou a cair na armadilha de alimentar a chico-espertice que nos conduziu à bancarrota.

 

Há dias o governo beneficiou doutra epifania euroziana e ameaçou com a liberdade de escolha da escola para 2012. Analisei a irrelevância assim: "(...)O nosso sistema escolar precisa, em primeiro lugar, de uma sociedade melhor, que elimine a guetização de várias comunidades, que pense nos horários de trabalho das pessoas que querem ter filhos sem os armazenar, que discuta a qualidade de vida dos miúdos quando não estão na escola e que encontre soluções para os graves problemas de mobilidade nas grandes zonas urbanas. Há muito que os encarregados de educação mais influentes escolhem as escolas. Na maior parte do país é assim. Os menos influentes não têm condições para o fazer; muitas vezes nem sequer vontade. E não é agora que vão ter melhor informação para tomarem essa decisão. Por outro lado, as experiências conhecidas indicam a auto-selecção das populações no sentido de que a guetização social se prolongue para dentro das escolas com os efeitos negativos associados; com estas medidas pode aumentar a fatal homogeneidade das turmas.(...)"

 

Mas já se sabe. Quem contraria o pensamento único que domina e afunda o mundo em que vivemos é corporativista e esquerdista radical. A história do sistema escolar português tem vários exemplos de excelência e não nos deve envergonhar. O seu desempenho, qualitativo e quantitativo, recomenda-se se se considerarem os meios disponíveis. Os excessos de despesa com as pessoas, com a privatização de lucros e com o bato-bravismo é mais do domínio da ciência-que-estuda-a-caça-aos-votozinhos,-a-bancarrota-e-os-casos-de-polícia; e essa sim: deve envergonhar-nos.

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