mais do que provado
Passos Coelho disse um rol de coisas em campanha eleitoral que não cumpriu. Nem adianta refutar. Pior: fez o contrário num registo que se pode considerar de inverdades e está a exercer de um modo semelhante ao seu antecessor. Lá terá as suas justificações e os últimos dias têm sido férteis em desculpas que não convencem e que só pioram a circunstância movediça.
Perdeu-se a possibilidade de liderança demasiado depressa. A mentira é fatal e agrava-se quando nem o mais elementar erro é reconhecido e se tenta passar o "odioso" para outro elemento da organização. Era preferível assumir a mentira ou o erro. As lideranças afirmam-se com um exercício corajoso nos momentos mais difíceis. Os cortes em subsídios, por exemplo, não são tão difíceis de tomar como se quer fazer crer. O que começa a evidenciar-se é o princípio ideológico tout court e a desorientação sobre o resultado que se vai obter.
Austeridade abrange “toda a sociedade portuguesa”