sua excelência (2) (reedição)
14.06.09
Sua Excelência nunca recorria ao mecanismo do pensamento: considerava-o bastardo.
Também não preparava as reuniões (só promovia, e mesmo assim a muito custo, as ordinárias): tinha como religião ser errático e fingir-se esquecido em datas. Como não pensava, associava o seu sagrado à ausência de erro.
Mas rendia graças ao culto prestado à sua divindade; esperava pelas ideias dos outros e tentava derretê-las (terceira regra dos seus mandamentos) com uma adjectivação contundente.
Tinham-lhe dito que populismo era estar do lado do povo.
(Reedição. 1ª edição em 12 de Setembro de 2006)
Também não preparava as reuniões (só promovia, e mesmo assim a muito custo, as ordinárias): tinha como religião ser errático e fingir-se esquecido em datas. Como não pensava, associava o seu sagrado à ausência de erro.
Mas rendia graças ao culto prestado à sua divindade; esperava pelas ideias dos outros e tentava derretê-las (terceira regra dos seus mandamentos) com uma adjectivação contundente.
Tinham-lhe dito que populismo era estar do lado do povo.
(Reedição. 1ª edição em 12 de Setembro de 2006)