graduação profissional
As contratações de professores, e os denominados horários zero, têm de obedecer à graduação profissional. Está mais do que provado. A dimensão geográfica da área de concurso não impede esse objectivo. A parte técnica dos concursos, a sua metodologia e os seus procedimentos, ou são modernos e civilizados ou não. Se o são, aplicam-se a qualquer dimensão geográfica (até a facilitam) e ponto final.
Abandonar a graduação profissional, e associá-la ao modelo de gestão escolar vigente, é perigosíssimo. É triste afirmar uma coisa destas. Somos uma sociedade assim e não adianta escondê-lo. A graduação será de imediato substituída pelo caciquismo, mesmo que se saiba que existirão honrosas excepções, para que se disfarcem as incompetências e as ausências de liderança.
A esse propósito, é oportuno inscrever a questão, Luhmann (1989), que nos interroga sobre os motivos que levariam um indivíduo a ser honesto no escuro. Seria porque o deseja ou porque há procedimentos e regras de controlo dos comportamentos? É natural que não se consiga responder univocamente a este problema. Contudo, pode servir-nos para reflectirmos sobre a responsabilidade nestes assuntos.
Luhmann, N. (1989). La moral social y su reflexión etica.
Barcelona: Antropos