tempos sem norte
Dá ideia que a encruzilhada ocidental está sem receita. Estamos estonteados e apenas os gananciosos conhecem o caminho que lhes é habitual.
A crise da escola é antiga. Está num auge e adequada aos tempos. A contradição mais evidente é uma espécie de bússola desmagnetizada. Por um lado, pedem-se mais políticas de mérito para todos (alunos professores e funcionários) e por outro advoga-se a necessidade de inclusão. A organização é avaliada, simultaneamente, por indicadores de inclusão e de exclusão. Uma charada sem solução.
Para incluir alunos, a escola tem de ter um clima organizacional correspondente e uma atmosfera relacional que estimule a cooperação e a mobilização (dois nomes proscritos).
A síntese destes opostos revela uma face da encruzilhada ocidental e mereceria uma aturada atenção dos mentores do nefasto SIADAP e dos sistemas semelhantes. É imperdoável não aprender com a história; mais ainda, quando o desconhecimento se relaciona com o que acabámos de viver e nos levou ao desespero em que estamos. Excluir garante um aura mais austera e popular nos tempos que correm, mas revelar-se-á muito mais dispendiosa e perdedora no médio prazo.