grande museu dos trajes
O formalismo português não tem limites e a regra de que mais vale parecer do que ser não nos deixa ver para além do ridículo. Noutro dia foi a ministra da agricultura, e de mais uma série de coisas, que decidiu, pasme-se, que se podia não usar gravatas nas instalações do seu ministério a pensar no ambiente e na poupança financeira, ao que julgo ter percebido. Agora é uma universidade que regulamenta o não uso de calções e chinelos no seu campus em plena época estival. Se havia costume que chocava quem vinha de fora nas décadas de setenta e oitenta do século XX era exactamente o atavismo com o vestuário. Vinte ou trinta anos depois ainda continuamos na senda do grande museu dos trajes?.