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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

sem assobios laterais

29.06.11, Paulo Prudêncio

 

 

Há coisas tão óbvias que até já cansa a argumentação. Pelo menos desde finais da década de oitenta do século XX que os sucessivos governos desprezaram a formação inicial e contínua dos professores e temos de incluir aí os denominados estágios profissionais. A chuva de fundos estruturais criou uma ganância tal que não deve existir instituição ligada ao assunto que se possa apresentar de cabeça levantada.

 

Somos sempre capazes de dar mais um passo em frente na desgraça. A organização não é um valor precioso na sociedade portuguesa e o facto deverá ter uma qualquer explicação. São vários os que dizem que quem dirige leva a fatia maior da responsabilidade e que os dirigidos pecam um bocadito por causa dos mal-dizentes compulsivos.

 

Neste momento assiste-se a mais uma decisão cuja operacionalização poderá ter resultados desastrosos. O novo governo não está para arrumar a formação inicial de professores, sabe-se lá o porquê, mas está determinado em impôr uma prova comum de acesso à carreira. A última vez, há quase 20 anos, salvo erro, que alguém teve uma ideia do género no acesso ao ensino superior criou um processo desmiolado que terminou pouco tempo depois do início.