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Tem sido risível assistir ao reino dos palpites sobre o próximo ministro da Educação; um movimento estonteante a que nem os próprios governantes têm escapado. Começaram pela promessa da dezena de ministros e já a reduziram ao regime de ministros com mais responsabilidade por causa da morosidade das novas leis orgânicas. Mas não sabiam que era assim? Se não pensaram nisso não é lá muito bom sinal.
Têm razão os que dizem que na Educação há milhares, sim milhares, de pessoas nos serviços centrais e desconcentrados que devem regressar às salas de aula. Uma pessoa que tenha exercido uma qualquer função de nomeação política nestes serviços, acha-se no direito, e propaga-o com a maior das naturalidades, de por lá ficar quando o seu governo cessa funções. É uma espécie de prateleira dourada, salvo seja, que depaupera as contas da traquitana do Estado. Se são professores, o seu lugar é nas salas de aula.