desplante total
Imagine uma situação de desespero eleitoral e em que o nefasto poder político o colocava num lugar de chefia de uma instituição do estado e que com isso destituía os órgãos eleitos, seus pares profissionais (salvo seja, claro). Sei que é um exercício difícil de considerar, mas como são explicações da nossa bancarrota devem ser equacionadas.
Imagine também que o desempenho corria, naturalmente, da pior das maneiras e que respeitando o famoso Princípio de Peter ("Num sistema hierárquico, todo o funcionário tende a ser promovido até ao seu nível de incompetência") se batia por um lugar cimeiro no aumento da sua escala de actuação, arrastando com essa decisão a depauperada instituição e a vizinha mais distraída. Diga lá se consegue imaginar-se numa situação de tão desmesurado desplante e egoísmo?