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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

o medo como herança

03.06.11

 

 

 

 

O que vi nestes dias, e na relação com o site da DGRHE, impõe a seguinte reedição:

 

Não sei se o caso France Telecom foi consciente. Não tenho dados para o veredicto. Do mesmo modo, permito-me dar lugar aos que especulam que o que se viveu em Portugal nos últimos anos não foi premeditado embora com resultados igualmente desastrosos. O que mais me impressionou neste período, e que me oxigenou a não desistência, foi a generalização do medo. O pavor de existir é a mais nefasta herança desta governação.

 

A má burocracia corporizada em amontoados de grelhas anula o indivíduo e o seu inatismo cooperativo e gregário. Institucionaliza o formulário com campos sem fim e em que o erro num deles pode sentenciar a reprovação, a vergonha e a imobilidade na progressão numa carreira. Sobrecarregar o indivíduo com burocracia associada a uma inevitável pirâmide clientelar e preenchida por uma ficção em forma de ferro, venera a bajulação, exclui a dignidade e impede qualquer veleidade à inovação, à inteligência e ao primeiro atributo do conhecimento da razão: a liberdade. É a pensar na liberdade que votarei e na esperança que este trágico capítulo se feche.

 

(1ª edição em 3 de Junho de 2011)

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