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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

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centralismo e assessores

27.05.11

 

 

 

Numa altura em que os membros dum governo de gestão sabiam que não fariam parte do próximo executivo, estive à conversa com um secretário de estado. Pareceu-me uma pessoa bem intencionada. Estava desanimado com o seu desempenho e justificava o estado de alma com o sufocante centralismo do país.

 

Não era de Lisboa e estava alojado num hotel. Raro foi o dia de governante em que a agenda o não obrigou a uma qualquer cerimónia ou visita externa e não podia recusar mais um almoço comemorativo; eram sempre ementas de perdição e bem regadas. Regressava a Lisboa ao fim-da-tarde e, como já não era nenhuma criança, só desesperava pelo merecido descanso.

 

À pergunta de quem é que afinal governava o seu sector, foi peremptório: os assessores. Metade tinham sido colocados pelo partido, eram jovens acabados de sair de faculdades de direito ou afins e alguns já tinham militado noutros partidos de poder.

 

Quase dez anos depois, percebo que pouca coisa mudou neste estado de governação. Talvez esta simples história ajude a perceber o que afinal conta mesmo para quem tudo faz para participar em soluções de governo: há todo um exército para alimentar e isso sobrepõe-se aos interesses do país. Alguma da nossa bancarrota, e muita da nossa má legislação e governação, também encontra explicações nesta simples evidência.

 

3 comentários

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    xaneca

    28.05.11

    desculpa...não sou anónima! esqueci-me de preencher
  • Aquele abraço companheira;
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